Brasil anuncia R$ 107 milhões para bioeconomia amazônica

 

O programa Coopera+ Amazônia, lançado durante a COP30, representa um investimento robusto de quase R$107 milhões voltado para fortalecer 50 cooperativas extrativistas em cinco estados da Amazônia Legal.

O que torna este programa especial?

Diferente de iniciativas pontuais, o Coopera+ Amazônia foi estruturado para gerar impacto real e mensurável ao longo de 48 meses. O foco está nas cadeias produtivas do babaçu, açaí, castanha e cupuaçu - produtos que já fazem parte da identidade amazônica e têm enorme potencial de mercado.

Números que importam:

  • R$103 milhões do Fundo Amazônia (BNDES)
  • R$3,7 milhões do Sebrae
  • 3.500 famílias beneficiadas diretamente
  • Atuação no Pará, Rondônia, Maranhão, Amazonas e Acre

A inovação está nos detalhes

O programa vai além do financiamento tradicional. A estratégia integra:

Capacitação e tecnologia: Consultorias especializadas, assistência técnica e aquisição de maquinário para reduzir o trabalho manual pesado e aumentar produtividade.

Inteligência de mercado: Criação de um Escritório de Negócios Territorial para expandir canais comerciais, fortalecer marcas regionais e conectar cooperativas a novos mercados.

Acompanhamento próximo: Agentes Locais de Inovação para Cooperativas (ALICoop) farão o acompanhamento das melhorias tecnológicas e gerenciais no dia a dia.

Pesquisa aplicada: Parceria com a Embrapa para identificar equipamentos e técnicas mais adequadas às especificidades da sociobiodiversidade amazônica.

O papel do Fundo Amazônia

Desde sua retomada em 2023, o Fundo Amazônia voltou a crescer, saltando de três para nove doadores internacionais. Desde 2008, já beneficiou cerca de 260 mil pessoas e apoiou mais de 600 organizações comunitárias em 75% dos municípios da Amazônia Legal.

Reflexão para líderes empresariais

Se você trabalha com inovação, sustentabilidade, desenvolvimento de negócios ou ESG, o Coopera+ Amazônia oferece insights valiosos:

  1. Cooperativismo fortalecido gera cadeias produtivas mais resilientes
  2. Tecnologia e conhecimento tradicional podem (e devem) caminhar juntos
  3. Investimentos em comunidades locais têm retorno socioambiental comprovado

A transição para uma economia mais sustentável está acontecendo agora, e iniciativas como esta mostram que o Brasil tem condições de liderar este movimento.

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