Conversas que viram receita: o novo hub do WhatsApp e a revolução “WhatsApp-first”


O WhatsApp quer ser a próxima grande plataforma de negócios no Brasil, e lançou um hub virtual para startups com foco em agentes de IA e integração via API do app de mensagens. A iniciativa é liderada por Guilherme Horn e prioriza startups com produto validado e clientes ativos, sem aporte financeiro, mas com acesso a estratégia, suporte especializado e testes alpha/beta.

A terceira onda: agentes de IA

Guilherme Horn, que comanda o WhatsApp no Brasil, Índia e Indonésia, descreve uma nova era tecnológica: depois de sites e apps, a vez é dos agentes de IA, especialmente combinados com experiências conversacionais no WhatsApp.

O hub para startups

O novo hub é totalmente virtual e aproxima o WhatsApp de empreendedores que já operam com o app no centro do modelo de negócios, oferecendo encontros, trocas de experiências e acesso antecipado a funcionalidades.

Seleção e perfil das startups

Na primeira chamada, 200 startups se inscreveram e cerca de metade foi aprovada, com prioridade para quem tem produto testado e base de clientes ativa; o perfil dos fundadores é mais maduro, muitos na terceira ou quarta jornada empreendedora.

Setores representados

Embora vendas e serviços financeiros dominem, há presença de agronegócio, educação, jurídico, marketing, imobiliário e segurança, com exemplos como BeConfident, Storm Education, ClickSign, Lastro, Jota, Resolva AI e Vai de Bus.

O que o hub oferece

Não há investimento direto do WhatsApp; o valor está no acesso à estratégia de produto, suporte em casos complexos e participação em testes alpha/beta, demandas priorizadas pelos próprios empreendedores em pesquisa prévia.

Por que no Brasil

O Brasil é o terceiro maior mercado do WhatsApp, com cerca de 150 milhões de usuários e adoção de 99% entre quem está online, o que torna o país terreno fértil para modelos de negócios centrados no app.

IA no cotidiano brasileiro

O país figura entre os maiores usuários globais de ferramentas de IA generativa, como o ChatGPT, com uso per capita comparável ao dos Estados Unidos segundo a Volpe Capital, impulsionando a maturidade de soluções conversacionais.

A API como motor de receita

A aproximação com startups fortalece a principal fonte de receita do WhatsApp: a API paga utilizada por empresas para atendimento, vendas e suporte, habilitando agentes conversacionais plugados em sistemas legados.

Caso emblemático: Pix no WhatsApp

A integração do Pix por bancos dentro do WhatsApp evidencia como o app superou barreiras de adoção no setor financeiro, tradicionalmente conservador e atento a segurança, abrindo caminho para mais casos críticos.

Oportunidade para empreendedores

Com um ecossistema vibrante já em formação e founders experientes, o hub sinaliza que a “terceira onda” pode ser brasileira: quem construir agentes de IA que resolvem jornadas reais no WhatsApp tende a ganhar escala rapidamente.

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